Ser- por Sartre e por mim

Ser é Escolher-se

Para a realidade humana, ser é escolher-se: nada lhe vem de fora, nem tão-pouco de dentro, que possa receber ou aceitar. Está inteiramente abandonada, sem auxílio de nenhuma espécie, à insustentável necessidade de se fazer ser até ao mais ínfimo pormenor. Assim, a liberdade não é um ser: é o ser do homem, quer dizer, o seu nada de ser. (...) O homem não pode ser ora livre, ora escravo; ele é inteiramente e sempre livre, ou não é. 

Sartre, in 'O Ser e o Nada' 

Comentário ●●●

Jean Paul Sartre acreditava na liberdade do ser.
Uma liberdade que englobava e sustentava tudo. Aliás, tudo no significado de tudo, da liberdade é que as outras coisas se formavam, como a personalidade. Não acreditava na influência externa.

É algo muito filosófico, mas não deixa de ter seu sentido e importância. 

Entre todos os textos que li, Ser é Escolher-se" me chamou muita atenção. O autor é muito expressivo ao tomar que a liberdade é o ponto inicial da essência.

É necessário muita força para ser alguém melhor por você. Ser livre, mas exercer a liberdade tem seus prós e contras. Um lado as responsabilidades que ela traz e do outro as consequências de tal... É como causa e efeito. É muito complexo, diz respeito a tudo que podemos acreditar, nos tornar, buscar e concernir.

Questionar a liberdade é apanhar cada fio solto e colocar no lugar. Imagino que ele quisesse transpor todo e qualquer paradigma dos comportamentos padronizados. Que ditam o que é, ou não é. Que limita e exclue o diferencial de cada um. Criando seres aprisionados por si mesmos, inseguros e longe de exercerem a própria liberdade. Quando ele diz que o externo não influencia, vejo a valorização do eu.
No fim, me faz questionar sou livre? Ou finjo ser?
É isso, galera. Espero que tenham gostado. Desejo uma semana de muita liberdade, acompanhada de juízo e descobertas. Um grande bjo. 🍀